No Antropoceno, se faz urgente que o campo da arquitetura consiga pensar e atuar frente aos problemas sociais, ambientais, políticos e econômicos resultantes da exploração indiscriminada do planeta e seus habitantes. Ao se projetar um espaço, infinitos outros são projetados em paralelo – da extração e fabricação ao descarte, os processos envolvidos na construção e seus locais de origem e destino são inúmeros e na maior parte das vezes absolutamente dissociados.

A RUÍNA compreende o campo da arquitetura como meio fundamental para tensionar essas questões e propor alternativas ao modelo vigente de produção atualmente baseado na linearidade dos processos para transitarmos em direção a modelos circulares de existência.

Partimos das ruínas – arcabouço primordial da arquitetura – enquanto motriz daquilo que pode fornecer importantes reflexões para outras abordagens do que significa pensar e fazer arquitetura no nosso tempo. Parecem cada vez mais necessárias outras epistemologias do pensamento e prática para nosso campo de atuação, que se atentem criticamente ao passado para a construção de futuros possíveis, no presente.